sábado, 25 de junho de 2011


ontem nós assistimos a metade de desconstruindo harry e no meio fizemos uma desconstrução. quando eu era do movimento estudantil construir era o verbo chave, acontece que deixei cair todas as chaves no ralo do banheiro, junto com vários punhados de cabelo... é eu me perdi. hoje penso que o doce da casa alemã me preenche mais que uma frase de intelectual. às vezes, um dia no sofá, me alegra mais que sair correndo atrás da vida.

ontem nós estávamos com preguiça. a preguiça também é uma forma de beleza. uma puta também pode ser bela. we are all bitches. preferir uma prostituta para ter que não falar de proust é uma idéia bem woodyalliana. às vezes eu acho que meu namorado só tem a memória involuntária, por isso sempre que posso falo em proust. ah, ah, o que importa falar? um dia seremos todos buchudinhos. a vida corre, eu corro, todo mundo corre, o tempo foge.

por falar em fuga, eu vou fugir do meu blog por alguns dias como sempre.

ah, bom são joão!

terça-feira, 14 de junho de 2011



não concordo com bartolomeu campos de queirós quando ele diz que açúcar não é a palavra mais doce que existe. no vermelho amargo, temos que fechar os olhos para não ver o perfeito, até no dolorido. a madrasta com seus tomates vermelhos, a mãe-partida, o verbo amar, tudo, tudo é real. a liberdade que foi me dada, eu cortei, reinventei outro cordão umbilical para adultos, segurei a sua mão. de mãos dada, penso no infinito, esqueço do abismo chamado quotidiano. quando vou a recife compro brigadeiros belgas, tomo milk shake, risoto com shittake, vejo filmes, beijo na boca, nos olhos, na bochecha e te amo. fotos eu tiro pela beleza do momento. o mini cupcake fica lindo nas fotos, tão colorido. o colorido me chama atenção. penso no japão, nos holofotes e fumo. o terremoto me deixou triste, mas você apertou a minha mão, fazendo-me lembrar do cordão. o cordão me afasta da desgraça e me traz graça. ontem, eu disse o que eu queria de presente, deitada na cama. ontem, eu chorei. fazer direito e chorar é legal. penso: ilegal é fazer direito e sorrir. os bacharéis, advogados e juízes não me perdoarão, nem menciono os promotores. que bom que você é um ENGENHEIRO. você é livre dos crimes. penso na minha mãe, ela também segura a minha mão. quando ela entra no meu quarto é porque está ansiosa por conversa. a gente conversa horas, até eu ligar o ventilador para dormir. no sonho, vejo a cara de donna brigadeiro sorrindo, acordo. nas férias íamos uma vez na semana no rei do mate. eles vendem uns copos coloridos, além dos shakes. o nosso relacionamento vai além de andar na praia, tomar banho na fonte da orla que nem os meninos pobres e lindos, escutar get sick soon. o nosso relacionamento é mais que uma relação... é uma ligação poderosa. se o cd dele tem o toque dela, não sei, mas o meu texto é você puro, simples e sem molduras. comprei dois cabides para lenços, darei a minha mãe. minha mãe adora lenços. pausa. tenho que alertar: menina-que-borda, não borde em cruz para não se casar com um marido cruz de se carregar (penso na dica de bartolomeu). se a saudade existe é porque a ausência ficou Maiúscula e o resto tudo minúsculo. seguro a sua mão, a sua perna, o seu braço e te imploro para que me siga. clarice lispector me arruinou, não a perdoarei nunca. falo de escritores na falta de amigos. acho que eu nunca te disse que já joguei war sozinha. eu conquistei o mundo nos dados e com tanto poder: duvidei de deus. mal sabia eu...

Interrupção.

olho para as provas da CESPE e tenho certeza que o sistema penal existe. seguro o teu corpo e nado com ele até o pacífico. lembro das empanadas de rajas con crema, vieiras. hoje em dia, faço natação. Eu nado, tu nadas? A professora mandou eu nadar com o Pullbuoy, peguei a prancha e fiz pernadas, todos riram de mim, definitivamente, eu não sabia o que era um Pullbuoy. rir dos outros faz parte, rir de mim é crueldade. segura a minha cabeça, deixando-a cair, levemente, no travesseiro. embala meu corpo grande de medos infantis. diga açúcar no meu ouvido que eu te garanto que caio no sono. :*

*um pedaço de açúcar e de chagall.