terça-feira, 30 de junho de 2009

Um filminho de Woody Allen me faz rir e sair do tédio. Basta um, nada de doses cavalares. Cansada de ler qualquer coisa, meio entediada, enfadada. Basta um banco em manhattan E duas pessoinhas sentadas nele. Cansada das suas próprias neuras. Os neuróticos dos filmes são mais engraçados. Agora eu quero assistir a vida numa tela colossal. Quando cansar de assistir ao filme, a película, a vida, irei devagar escutar clair de lune. No fim te contarei alguns detalhes sobre o meu dia. ***Contarei que agora ando pesquisando sobre música clássica, Schubert, Chopin, Debussy, Brahms. Influência do filme. Você me dirá que será passageiro, talvez tenha razão. Mas vou continuar achando lindo, quem sabe.

O terno e seu retorno.
O terno cheio de lastímas volta sempre, sempre para A vida do ferro. O terno quando sai é amassado pelo peso do corpo. Além de tudo, há as mãos opressoras que ficam a te espalmar.
O terno-sonhador ao sair de casa se prepara para levar a última ferradura, esquecendo-se do mundo de fora.
Leva e sai de casa apressado como se fosse alforriado. Acontece que: mesmo sem querer uma mão oculta te leva para o início que é a casa-tábua-casa.
O terno chora, Que vida de inglórias! Sempre a voltar ao mesmo lugar, casa que não é lar. E ao ferro pagar o débito para conjugar.
(perguntam) Qual é a diferença? Já que ele sofre em qualquer lugar?
**Ao ter esta audição, o terno passou a ignorar o retorno, agora só não quer levar tanto esporro!
Ele a levou ao Oriente. oriente-poente. onde viram um tenente cortar um sushi com a sua espada-silente. Ele a levou ao Parque. parque-dos-dinossauros. nele, todos eram mais fortes que os gauros. Ele a levou ao Céu. céu-torre-de-babel. fez uma canção de bordel, lhe deu um anel e tirou seu chapéu.

Depois de tudo isto. A bela contente. deu lhe um beijo ardente.
a crítica não pratica.a crítica critica, mas não faz nadica.a crítica bica, mas não passa duma cárica.a crítica belisca, mas nem ao menos rabisca.

queria fazer um caderninho vermelho. para sempre me lembrar do velho Auster. da solidão na cidade grande.
mas meu buraquinho é tão pequenininho.
que só posso falar da solidão dos seres grandes na cidade pequena.