terça-feira, 12 de outubro de 2010


Fecho e abro os olhos tal como uma porta de shopping center. [música] Abro lentamente, somente, quando vultos aparecem. [música] Às vezes, mergulho no escuro e digo para todos que bateram no relógio 22 horas, potanto, que me deixem em paz. [música fraquinha]. No escuro, a música cessa, o corpo cega, a mente peca, a porta fecha. [vácuo]. Cansada do tédio, do remédio, dos sonhos e do descanso, digo a todos: são 10 horas. [música] A porta quase não fecha, os vultos são numerosos. [música] O movimento é grande, tenho que ficar alerta e me manter viva. [música forte].
É prestando atenção nas horas que passo da vida para a semi-vida. [música tocada]. E dependendo do menu do dia, posso até sair da vida, ou seja, ir para a não vida, basta emperrar e nunca mais funcionar. [fim] [música] [créditos]

3 comentários:

  1. narcisanônima racional: minha cabeça está muito quadrada por esses dias e embora o texto tenha uma construção peculiar e significado profundo,acho que não entendi tudo direitinho.

    narcisanônima natural: simplesmente lindo. e isso não significa estética pela estética. [ som de embalo] [ rarará :)] [cantiga de ninar que vou ir dormir agora]

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  2. Socializando a escrita! Que bom.
    Juntaria seu texto ao 'Caixinha de música' de Laura... ou à sua própria caixinha de música.

    Very good.

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  3. é voltei, pode ser para ficar ou para depois fugir novamente da escrita socializada...

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