domingo, 31 de outubro de 2010

Fomos a um Jazz na livraria cultura, o auditório estava lotado e para variar, chegamos atrasados, aí tivemos que procurar uma vaguinha no chão. Ficamos colados, escutando Spokfrevo e vários velhinhos tocando. Você além de prestar atenção na música, alisava meu cabelo molhado. No meio do show, você percebeu que eu estava numa posição um pouco desconfortável, meio que prendendo o peso para não te esmagar [eu sempre tentando não te esmagar]. Você me ajeitou, comentou algo comigo e deu dois beijos no meu sorriso. Uma senhora não se aguentou e disse: ah, os diálogos, os gestos, o amor, a juventude! A senhora conseguiu enxergar o nosso momento perfeito :O, depois ficou estática a contemplar toda a juventude, tão estática que ali ficou o resto da noite, do dia, da vida, virou toda olhos. Nós vivíamos, ela observava. Quando acabou a música, continuamos a dançar, mudamos de modo, sem perder o compasso, o momento ficou mais que perfeito. Sem saber, nós exibíamos nossa beleza, corpos, tomando sorvete, após atravessamos uma ponte escura sem medo, chegamos em casa acelerados e, no seu quarto, não paramos de dançar, depois de tanta dança, tombamos e dormimos a sonhar.

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